Imagem: http://www.blogando20.com/2012/04/enem-2012-inscricoes-prova-gabarito-e-resultado.html
A
partir do ano de 2009 ocorreram profundas mudanças no Exame Nacional do Ensino
Médio, o ENEM, importando mesmo em um “divisor de águas”, como sentenciam
alguns especialistas.
Com
a dupla e ambiciosa proposta de provocar uma reformulação na sistemática do
ensino médio e ao mesmo tempo democratizar o acesso ao ensino superior através
da admissão às Instituições Federais de Ensino Superior – IFES, este certame,
naquele ano, deixou de ser meramente um instrumento de aferição de desempenho ou
auxílio na pontuação de alguns vestibulares do país para tomar para si, ao
menos em teoria, importantes características de inclusão social.
Corrobora
para esta visão o fato da constituição do certame, por exemplo, assumir um formato
mais interdisciplinar e menos conteudista, exigindo dos alunos mais raciocínio
e menos “decoreba”. Da mesma forma, também é fato que algumas boas práticas
continuaram sem alterações, como a impressão de cadernos em cores diferentes,
randomizando as questões e os assentos entre si, em ordem alternada, no intuito
de evitar a prática escolar das “colas”, por exemplo.
De
fato, hoje sabemos que grande parte das questões do ENEM traz em seu bojo todos
os elementos que permitiriam sua correta (e também incorreta) resolução,
importando, sobremaneira, a capacidade de interpretação textual do estudante.
Ainda assim, temos de admitir que ainda há muito o que se melhorar para
podermos conceber um exame significativamente
nacional, ainda mais se levarmos em consideração a grande diversidade do nosso povo,
a enorme extensão de nosso país, a significativa influencia fronteirista e a sua
grande disparidade socioeconômica e cultural.
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